Construção da primeira planta comercial na cidade brasileira de tecnore

A Vale e o governo do estado de Pala realizaram uma festa no dia 6 de abril para comemorar o início da construção da primeira planta de operação comercial tecnored em Malaba, uma cidade no sudeste do estado de Pala, Brasil.Tecnored, uma tecnologia inovadora, pode ajudar a indústria siderúrgica a descarbonizar usando biomassa em vez de carvão metalúrgico para produzir ferro-gusa verde e reduzindo as emissões de carbono em até 100%.O ferro-gusa pode ser usado para produzir aço.
A capacidade de produção anual de ferro-gusa verde na nova planta atingirá inicialmente 250 mil toneladas, podendo chegar a 500 mil toneladas no futuro.A usina está prevista para entrar em operação em 2025, com investimento estimado em cerca de 1,6 bilhão de reais.
“A construção da planta de operação comercial tecnored é um passo importante na transformação da indústria de mineração.Isso ajudará a cadeia de processos a se tornar cada vez mais sustentável.O projeto Tecnored é de grande importância para a vale e para a região onde o projeto está localizado.Isso melhorará a competitividade regional e ajudará a região a alcançar o desenvolvimento sustentável.”Eduardo Bartolomeo, presidente-executivo da Vale.
A planta química comercial da Tecnored está localizada no local original da planta de ferro-gusa de Karajas, na zona industrial de Malaba.De acordo com o andamento do projeto e pesquisas de engenharia, a expectativa é de geração de 2.000 empregos no período de pico do projeto na fase de construção, podendo ser gerados 400 empregos diretos e indiretos na fase de operação.
Sobre a tecnologia tecnored
O forno Tecnored é muito menor do que o alto-forno tradicional, e sua gama de matérias-primas pode ser muito ampla, desde pó de minério de ferro, escória siderúrgica até lama de barragem de minério.
Em termos de combustível, o forno tenorizado pode utilizar biomassa carbonizada, como bagaço de cana e eucalipto.A tecnologia da Tecnored transforma os combustíveis brutos em compactos (pequenos blocos compactos) e depois os coloca no forno para produzir ferro-gusa verde.Os fornos da Tecnored também podem utilizar carvão metalúrgico como combustível.Como a tecnologia tecnored é usada pela primeira vez para operação em larga escala, os combustíveis fósseis serão usados ​​na operação inicial da nova planta para avaliar o desempenho da operação.
“Vamos substituir gradualmente o carvão por biomassa carbonizada até atingirmos a meta de 100% de uso de biomassa.”Sr. Leonardo Caputo, CEO da tecnored, disse.A flexibilidade na seleção do combustível reduzirá os custos operacionais da tecnored em até 15% em comparação com os altos-fornos tradicionais.
A tecnologia Tecnored é desenvolvida há 35 anos.Elimina os elos de coque e sinterização na fase inicial da produção de aço, ambos os quais emitem uma grande quantidade de gases de efeito estufa.
Como o uso do forno tecnored não requer coque e sinterização, o investimento da planta de Xingang pode economizar até 15%.Além disso, a usina tecnored é autossuficiente em eficiência energética, e todos os gases produzidos no processo de fundição são reaproveitados, alguns dos quais são utilizados para cogeração.Pode ser utilizado não só como matéria-prima no processo de fundição, mas também como subproduto na indústria cimenteira.
A Vale possui atualmente uma planta de demonstração com capacidade nominal anual de 75.000 toneladas em Pindamoniyangaba, São Paulo, Brasil.A empresa realiza o desenvolvimento técnico da planta e testa sua viabilidade técnica e econômica.
Redução de emissões de “Escopo III”
A operação comercial da usina tecnored em Malaba reflete os esforços da Vale em fornecer soluções técnicas aos clientes siderúrgicos para ajudá-los a descarbonizar seu processo produtivo.
Em 2020, a Vale anunciou a meta de reduzir as emissões líquidas do “escopo III” em 15% até 2035, dos quais até 25% serão alcançados por meio de portfólio de produtos de alta qualidade e esquemas de tecnologia inovadores, incluindo a fundição de ferro-gusa verde.As emissões da indústria siderúrgica representam atualmente 94% das emissões de “escopo III” da Vale.
A Vale também anunciou outra meta de redução de emissões, ou seja, alcançar emissões líquidas diretas e indiretas zero (“escopo I” e “escopo II”) até 2050. A empresa investirá US$ 4 bilhões a US$ 6 bilhões e aumentará a área restaurada e protegida floresta em 500.000 hectares no Brasil.A Vale opera no estado de Pala há mais de 40 anos.A empresa sempre apoiou o Instituto Chicomendez de Conservação da Biodiversidade (icmbio) para proteger as seis reservas da região de Karagas, chamadas de “mosaico de Karagas”.Eles cobrem um total de 800.000 hectares de floresta amazônica, que é cinco vezes a área de São Paulo e equivale a Wuhan na China.


Horário de postagem: 08 de abril de 2022